A Umbanda é uma religião sincrética nascida no Brasil no início do século XX, marcada pela fusão de elementos das tradições africanas, indígenas e cristãs. Sua história remonta a um período de intensa diversidade cultural e religiosa no país.
Acredita-se que a Umbanda tenha surgido como uma resposta à complexa realidade sociocultural do Brasil da época, onde a escravidão havia deixado profundas marcas na sociedade e a imigração trazia consigo novas influências culturais. A religião também foi influenciada por movimentos espiritualistas europeus do final do século XIX, como o espiritismo.
Seu surgimento oficial é atribuído a Zélio Fernandino de Moraes, um médium brasileiro, que teria recebido uma mensagem do espírito de um caboclo chamado Sete Encruzilhadas, em 1908, orientando-o a fundar uma nova religião que promoveria a caridade e a união entre os povos.
A Umbanda se desenvolveu ao longo do tempo, absorvendo elementos das religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a quimbanda, e também do catolicismo popular. Seus rituais incorporam cantos, danças, oferendas e sessões mediúnicas, onde os médiuns são possuídos por entidades espirituais, como caboclos, pretos-velhos, crianças e exus, que transmitem mensagens e orientações aos fiéis.
A religião Umbanda é conhecida por sua ênfase na prática da caridade e na busca pelo equilíbrio espiritual. Ela promove a harmonia entre os seres humanos e a natureza, valorizando a conexão com os ancestrais e o respeito às divindades. Ao longo dos anos, a Umbanda tem se expandido pelo Brasil e até mesmo para outros países, mantendo-se como uma importante expressão da diversidade religiosa e cultural do país.